Hoje em dia não é mais estranho achar cada vez mais mangás
no mercado editorial, ainda mais se for uma adaptação de outras obras de
entretenimento, como filmes, livros e séries. E não é de hoje que outros
países, não sendo o Japão, estão embarcando nesse novo ramo.
Caso esse, é o
próprio Estados Unidos investindo em diversas editoras especialistas em OEL
(Original English-Linguage, é o termo para definir o mangá americano). Até o
próprio Brasil está investindo em seus mangás nacionais. Não que o mercado
valorize e queira criar sua própria franquia e virar um segundo Japão (para
nossa tristeza), mas um gibi que é adepto ao estilo e ajudou muito à arte ficar
conhecida nacionalmente é a Turma da Mônica Jovem. Graças ao Mauricio de Souza,
muitas pessoas que não conheciam o estilo, viraram fã incondicional e a procura
por artigos japoneses não se limita só na tecnologia, mas em animes, mangás,
livros e outras franquias de produtos.
Bem, mas esse
post não é sobre a Turma da Mônica, muito menos sobre a atenção do Japão nos
outros continentes, é sobre a dominação do Godzila, junto com os zumbis
vegetarianos que serão conduzidos por um exercito de pandas montados em
unicórnios coloridos... só que não.
É óbvio que não
é sobre a minha briza de dominação do mundo. E sim, sobre um mangá que já está
a um tempo no mercado, que é uma aposta americana. Com toda certeza vocês já
devem ter ouvido falar dela, já que foi tirada de um dos seriados americanos
mais aclamados de todos os tempos; estamos falando de CSI. Sim, jovens gafanhotos,
o CSI investigação, aquele mesmo que adoramos assistir e só por descobrir o
assassino achamos que já podemos virar investigadores forenses.
Só que tem um
porém em tudo isso, o mangá não é uma copia fiel da série, ele tem seu próprio
roteiro, com seus próprios personagens, mesmo que apareça alguns personagens
oficias como o Grissom e a Catherine Willows, os protagonistas da vez são
adolescentes. Isso mesmo, um bando de adolescente é o foco da vez.
Juntando as pistas
Uma coisa que o
ramo editorial ama fazer é adaptar obras que estão bombamdo para tudo que é
franquia de produtos, tipo, se eles tiverem que adaptar a obra até em papel
higiênico, acreditem, vocês usaram a cara de alguém nessa hora tão sagrada, não
duvidem. E como a série CSI é muito popular com duas versões; a Miami e a Nova
York, mais livros com novas histórias, óbvio que para virar um mangá era só uma
questão do miojo ficar pronto.
Mas pelo que
parece, eles estavam querendo um público especifico, os jovens, pois quem é que
lê mangá aqui no Brasil? Óbvio que é vários públicos, mas os jovens começaram a
popularizar o meio.
Bem, com esse
novo CSI: Investigação Criminal (CSI: Intern At Your Onw Risk, no original)
opiniões adversas serão quase inevitáveis, porque alguns fãs vão estranhar;
primeiro por estar em mangá e o traço ser suave e simples, segundo pelo próprio
roteiro ser mais simplista e cheio de adolescentes metendo o nariz onde não são
chamados.
O estereótipo
dos personagens é muito variados, desde os mais normais, até os mais peculiar,
sendo centrado em uma garota pobre, porém muito esforçada, um rapaz com um
jeito durão e roqueiro, que se já não fosse estranho, ainda adora sangue e
coisas macabras, usando um clichê para personagem eles utilizam um cara com
músculo e pouco cérebro, entre outras figuras inegavelmente estranhas. Mesmo
que pareça que o roteirista pegou varias personalidades, jogou em um caldeirão,
mexeu e deixou descansar para ver se dava certo, ainda é interessante ver toda
essa mistura, mostrando a variedade adolescente da atualidade. E mesmo que a
história não seja tão magnífica e cheia de detalhes como a série em si é, para
um roteiro fechado e bem trabalhado naquilo, esses personagens servem
direitinho.
Com a arte de
Steven Cummigs é bem simples, porém não é rica em detalhes e em algumas páginas
é difícil diferenciar alguns personagens, mas mesmo que não tenha muita
variação, ela ainda é uma arte visual muito agradável.
A edição
brasileira tem o mesmo formato da americana, com 160 páginas, volume único, com
uma arte de capa muito legal e para quem já esta familiarizado com a arte
gráfica da NewPop, não terá problema com o acabamento. Mas como nem tudo é bom
nessa vida, a tradução e adaptação deixaram a desejar, sem contar que não tem nenhuma
nota que explique a história para o leitor de primeira viagem e muito um extra
como agradinho. Mas seremos pessoas calmas, e daremos o beneficio da duvida
para esse mangá, não criando tantas expectativas, por favor.
Hora de virar estagiário
Muito bem, a
história que se segue esse mangá (pelo menos a primeira) é meio clichê e eu
nunca vou entender porque as pessoas gostam desse estereótipo de personagem,
mas é sobre Kiyome, uma garota esforçada que mora com o pai no subúrbio de Las
Vegas, mesmo que a pobre tenha mil e uma dificuldades financeiras, ela sonha em
se tornar uma estagiária do grupo forense de investigação; CSI. E ela vai
contornar todas essas dificuldades para alcançar seu sonho.
Óbvio que ela
ganha a vaga, mas depois de uma dificílima prova de admissão, que foi
concorrida com uma porrada de candidatos. Logo no primeiro dia, ela já conhece
seus colegas estagiários, que como disse a cima, não são nada normais. Eles são;
um garoto tímido chamado Kirin, Gregory, o convencido, o quase príncipe das
trevas e assombrações Christof e o viciado em esportes Damian.
Mesmo que com
essa estranha combinação para ser uma equipe já baste para pedir demissão ou no
mínimo uma passagem de ida para o manicômio mais próximo, Kiyome parte para seu
primeiro caso com sua equipe, que para a surpresa da jovem é sobre uma adolescente
e vejam só, a jovem assassinada também estava sonhava em fazer parte da equipe
do CSI. Essa é a hora que todos começam a duvidar um do outro, pois qualquer um
ali pode ter assassinado a pobre para conseguir alcançar seu objetivo. A
pergunta é, quem seria capaz de fazer isso?
Marie Lolita
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